Conviver bem com as suas emoções é o objetivo de entendê-las melhor e, não controlar os pensamentos ou eliminar certas emoções em proveito de outras. A inteligência emocional, técnica que consiste em conviver melhor com as suas emoções e as dos outros.
Emoções, inteligência emocional, gestão comportamental.
Alegria, medo, raiva, tristeza, surpresa, gratidão… todas as emoções ocupam um lugar na nossa vida. no cotidiano, assim como na literatura, as emoções frequentemente são classificadas em 2 categorias: boas ou más, úteis ou inúteis, desejáveis ou indesejáveis. No entanto, trata se de uma grande e lamentável confusão. Todas as emoções são úteis. o que seria a nossa vida sem esses guias inestimáveis, sem esses históricos GPS?
Em compensação, alguns dos efeitos que as emoções exercem nós mesmos ou nos outros podem ser qualificados de negativo os comportamentos que engendram.
As emoções iluminam o nosso juízo, reforça o nosso sistema imunitário, nos protegem dos riscos e fazem com que tomemos decisões certas. Porém, elas também podem nos levar a passar por situações difíceis, estados de estresse, conflitos, sofrimentos psicológicos ou físicos.
As emoções agem principalmente em 3 planos:
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pensamentos
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comportamentos
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relações sociais.
Conviver bem com as suas emoções é o objetivo de entendê-las melhor e, não controlar os pensamentos ou eliminar certas emoções em proveito de outras. A inteligência emocional, técnica que consiste em conviver melhor com as suas emoções e as dos outros, aconselha nos simplesmente a mudar a nossa relação com as emoções para construir um caminho de vida mais harmonioso, rico e pleno de sentido.
De onde vêm as emoções?
A primeira dica deve ser especial, assim seus leitores continuarão interessados.
As emoções sempre desempenharam um papel importante na evolução e adaptação da espécie humana ao seu meio ambiente. Desde os primórdios, elas ajudaram os nossos ancestrais, servindo-lhes de sinais para eles enfrentarem os desafios exteriores.
Tataranetos dos homens das cavernas, nós hoje precisamos das emoções tanto quanto eles para orientarmos e redescobrimos o sentido da nossa vida. não nos depararmos mais o tempo todo com tigres ameaçadores, mas, diante de um perigo, continuamos a ter as mesmas reações. O coração acelera, certos músculos se contraem, a expressão do rosto muda e sentimos vontade de fugir. De forma similar, mas com outro tom, a raiva nos indica os obstáculos a superar ou contra os quais se rebelar.
As emoções também influenciam a nossa atenção e visão das coisas, tanto no sentido próprio quanto no figurado. Em situação de perigo, atenção se concentra no que poderia nos ameaçar, às vezes a ponto de não vemos mais nada além disso e ficamos paralisados. Por outro lado, todos nós já experimentamos o sentimento de estar com a cabeça nas nuvens e ver a vida cor-de-rosa quando a alegria o amor nos invade.
Por fim, as emoções também exercem a função de comunicar com os outros, às vezes sem que nos demos conta, através do que se chama de manifestações não verbais dá emoção.
O que é uma emoção?
A palavra “emoção” provém do latim exmovere ou emovere, que significa movimento para fora ou colocar em movimento. Por extensão, ela designa aquilo que nos coloca em movimento fora e dentro de nós mesmos. É uma manifestação física associada à percepção de um acontecimento no ambiente(externo) ou no nosso espaço mental(interno). A cada micro segundo, o cérebro recebe bilhões de informações relativas à percepção, tratamento e regulação das emoções. por sua vez, informações influenciam outros fenômenos psicológicos, tais como atenção, memória ou linguagem (verbal ou não verbal).
““A emoção é o momento em que o aço encontra pedra e provoca uma faísca pois a emoção é a principal fonte de qualquer tomada de consciência.” Carl Jung
Os cientistas distinguem certas emoções, consideradas como fundamentais ou primárias, das quais derivam todas as outras emoções.
Nos anos 1970, o psicólogo americano Paul Ekman compilou as emoções de acordo com os efeitos sobre os músculos do rosto. sua pesquisa resultou numa lista de 6 emoções de base.
Segundo ele, estas últimas estão presentes em todas as culturas e seriam universalmente identificáveis através das expressões faciais características, que constituem uma espécie de linguagem das emoções. Estas emoções primárias funcionariam como programas de acionamento automático para nos ajudar danças do mundo exterior. Em compensação, o estopim das emoções não é universal variando conforme as culturas, com textos e indivíduos.
As 6 emoções de base definidas por Paul Ekman são:
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a raiva
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o medo
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o desgosto
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a alegria
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a tristeza
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a surpresa
É interessante comparar esta lista com a que René Descartes elaborou há mais de 3 séculos. Em as “Paixões da Alma” (1649), ele lista 6 emoções fundamentais:
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admiração (que corresponde a surpresa)
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amor
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ódio
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desejo
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alegria
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tristeza
Agora é com você!
Pense em uma lista de as emoções que você vive na maior parte do tempo e, descubra um pouco mais sobre suas emoções.
*Texto adaptado de Ílios Kotsou